A arte de grafitar atrai olhares de quem passa. Em muitos lugares, as pinturas possuem um contexto histórico ou até mesmo campanhas por um mundo melhor. Em Divinópolis, um exemplo é o muro que protege a Escola Estadual Martin Cyprien, no bairro São José. Há anos, os alunos promoveram um mutirão onde pintaram as paredes com mensagens e desenhos, pedindo atenção ao meio ambiente e outros fatores. Um trabalho bem elaborado e que, de fato, tem um significado envolvente, é digno de elogios.
Contudo, algumas pessoas utilizam uma lata de spray para promover brigas entre grupos e, principalmente, sujar paredes e portões de diversos locais, tanto públicos quanto privados. No caso de brigas, integrantes de grupos localizados em alguns bairros picham as paredes com dizeres agressivos e, até mesmo, com letras subentendidas.
Durante a tarde de ontem, a equipe de reportagem da Gazeta do Oeste percorreu alguns bairros da cidade, como Ipiranga, Porto Velho e São Roque, além da região central. Vários pontos foram alvos de vandalismo, especialmente lugares com grande espaço, como comércios. Frases como “O Sistema nos criou, agora nos agüente” e “Vida Loka” (sic) são alguns dizeres constantemente vistos em pichações. Ações que, para a maioria das pessoas, enfeiam a cidade, incomodam moradores e trabalhadores. Além disso, a desvalorização dos imóveis alvos desse vandalismo é também uma preocupação a mais.
A pessoa que picha ou grafita qualquer edificação urbana, prática comum no nosso país, comete crime ambiental, com pena de detenção que pode variar de três meses a um ano, além de multa. Mas se o ato for praticado em patrimônio tombado, devido a seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena de detenção é ainda mais pesada e pode variar de seis meses a um ano, além do pagamento de multa. Qualquer cidadão pode denunciar a prática ligando no 190 ou 181.
De acordo com a secretaria municipal de Operações Urbanas e Defesa Social (Semoudes), não existe um registro de alto número de pichações em locais públicos na cidade. Porém, dois lugares conhecidos pela população são bastante visados e possuem vasta ocorrência deste tipo de degradação: Teatro Municipal Usina Gravatá e Escola de Música Maestro Ivan Silva. Neste caso, a secretaria de Cultura, responsável pela manutenção deste tipo de ambiente, arca com os custos dos materiais utilizados na limpeza, enquanto a Semoudes oferece a mão de obra necessária para a execução.
Não há um levantamento específico e concreto em relação à quantidade de limpezas realizadas em locais pichados durante o ano. Entretanto, de acordo com a secretaria municipal de Operações Urbanas e Defesa Social, são diverso os reparos feitos durante esse período, especialmente em prédios, que são os locais mais visados pelas pessoas que praticam este tipo de ação.
Fonte: www.g37.com.br
Postado por Ana Paula
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