Redes de Vizinhos Protegidos de Divinópolis - MG: BO: Arma do povo contra o crime
VOCÊ SABE O QUE É A REDE DE VIZINHOS PROTEGIDOS?

VOCÊ SABE O QUE É A REDE DE VIZINHOS PROTEGIDOS?

A Rede de Vizinhos Protegidos trata-se de uma estratégia de ação de combate à violência e a criminalidade que é adotada por diferentes comunidades através de uma rede de solidariedade que conta com o apoio da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).

A estratégia é bastante simples e não há custos, ou seja, os moradores de uma rua ou quarteirão passam a se conhecerem e se interrelacionarem com mais frequência desenvolvendo mecanismos de auto-proteção para um único objetivo que é somente a prevenção do crime ou a desmotivação de um possível comportamento desviante.

Para levar o projeto Rede de Vizinhos Protegidos para seu bairro entre em contato com o 190 e saiba o telefone da Companhia de Polícia Militar mais próxima de sua casa.

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quinta-feira, 19 de abril de 2012

BO: Arma do povo contra o crime

Menos de 50% das vítimas de assaltos no Brasil registram ocorrência policial, revelou o IBGE. O número ainda é menor quando analisamos o crime de furto; nesse caso, apenas 37,7% tiveram interesse em comunicar o delito às autoridades policiais. Conclusão: cerca de 7 milhões de crimes praticados, anualmente, não são levados ao conhecimento da polícia.

Mas por que isso? Comunicar é denunciar, é reagir, é mostrar repúdio, é querer reparação, justiça e acima de tudo medidas que freiem a criminalidade. Sem a realidade criminal que os BOs refletem, fica restrita a resposta dos organismos competentes. Uma análise superficial geralmente traz como causa dessa inércia das vítimas o excesso de burocracia e descrença de que a polícia não vai tomar providências. No entanto, é de se destacar, que quando o objeto de crime é um bem mais valioso, como automóveis ou motocicletas, independente se está ou não segurado, 100% das vítimas recorrem às delegacias, para o devido registro.

Outro ponto a ser considerado, é quanto aos documentos pessoais, especialmente a Cédula de Identidade. Posso garantir que a maioria esmagadora procura, incontinenti, um Distrito Policial para noticiar a subtração, pois o temor que estelionatários usem os documentos é enorme.

Após entrevistar mais de 2500 vítimas da criminalidade nos últimos 20 anos, posso assegurar que a esmagadora maioria não encontrou motivo ou necessidade real para registrar BOs ficando a burocracia ou efetividade policial em segundo plano.

 Ao levar meu carro para lavar, bem enfrente havia uma lotérica. Fiquei espantado com a fila, que dobrava o quarteirão. O motivo era simples, a Mega-Sena estava acumulada em R$ 115 milhões. Chamou minha atenção uma senhora sexagenária, a última da fila. Liguei o cronômetro do relógio, resolvi auferir o tempo que levaria para a apostadora efetivar seu jogo. 54 minutos depois findou a lavagem do carro. Fui embora e a idosa ainda não havia sequer adentrado à casa de jogo. A demora no atendimento era o que menos preocupava aquela pessoa. A possibilidade de se tornar milionária, mesmo com chances diminutas, a fez aguardar, com paciência.

O planejamento estratégico para combate a criminalidade passa pela análise dos Boletins de Ocorrência. São Paulo foi pioneiro na implantação do Infocrim (banco de dados digital) e no registro de BOs pela internet. Com essas ferramentas as forças policiais passaram a mapear e analisar em tempo real a ação da criminalidade, planejando com inteligência, rapidez e eficácia o devido combate. O resultado foi a sensível queda dos índices criminais nos últimos anos. Creio ser um bom motivo para que as pessoas vitimadas pela violência compreendam a importância do registro de ocorrência policial.

Postado por Ana Paula

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