O
alto índice de crimes violentos, a falta de vagas no sistema prisional, as
fugas, os motins e os cidadãos vivendo em constante sensação de insegurança,
tem sido um cenário típico nas cidades do Estado. Para tentar mudar o quadro de
epidemia de violência vivido hoje em Minas Gerais, o governo apresenta um
orçamento relevante (foram gastos R$ 7,5 bilhões, em 2011). O problema é que a
maior parte desse dinheiro esta ‘congelada’ em Brasília e acaba não sendo
convertida em investimentos na prevenção ou no combate à criminalidade.
Dados
do próprio governo mostram que os dois pilares da Secretaria de Estado de
Defesa Social (Seds), a integração das polícias Militar e Civil e a prevenção à
criminalidade, juntos, receberam menos de 1% do orçamento da pasta (foram R$
58,6 milhões, apenas 0,7% do total). A integração das polícias recebeu R$ 35,2
milhões, e os programas de prevenção, como o Fica Vivo, ficaram com R$ 23,4
milhões. Por outro lado, a secretaria destinou no ano passado, R$ 2,7 bilhões
para a remuneração de policiais militares. Desse total, R$ 1,2 bilhão foram
gastos com inativos (16% do orçamento).
Para
o filósofo e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) Robson
Sávio, responsável pela compilação dos dados, é a destinação do recurso que
define a política de segurança pública de um governo.
O
dinheiro que o Estado destina à segurança é dividido em áreas, e as principais
delas são as polícias Civil e Militar e a secretaria (essa cuida dos programas
preventivos, da integração das polícias e de gerir as instituições da área.
Enquanto a PM recebe R$ 4,9 bilhões (65,9% do total), a Seds fica com apenas R$
1 bilhão (13,4%).
A
Seds informou em nota, na noite de ontem, que busca financiamento de R$ 259
milhões junto a bancos de fomento (9,76% serão usados em prevenção e 19,27% na
integração das polícias).
Diante
do baixo valor gasto em segurança pública em Minas, especialistas nesse
aspecto, afirmam que é preciso haver um remanejamento dos recursos e das
despesas. Gastos com pessoal, por exemplo, poderiam sair da rubrica de segurança
pública e entrar na conta dos gastos com funcionalismo do governo estadual.
A
Polícia Militar tem 65,9% de todo o orçamento para a segurança, e mais da
metade da verba destinada para a corporação (55%) é usada para pagar pessoal.
Ao todo, R$ 2,7 bilhões são usados com pessoal - ativo (R$ 1,5 bilhão) e
inativo (R$ 1,2 bilhão). Além disso, com o compromisso de reajuste salarial
para os policiais até 2015, a tendência é que os gastos com pessoal representem
uma parcela cada vez maior do orçamento.
O Secretário
de Planejamento e Gestão da Prefeitura Municipal de Divinópolis, David Maia,
não foi encontrado até o final desta edição para falar sobre os dados do
município.
Fonte: www.g37.com.br
Postado por Ana Paula
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