Fazer com que os vizinhos de um bairro se conheçam e estreitem a relação entre si com um único objetivo: manter a segurança pública da região. Essa é a iniciativa da Rede de Vizinhos Protegidos em Divinópolis, um agrupamento de integrantes que voluntariamente se unem para garantir a segurança do local onde vivem.
Em parceria com a Polícia Militar de Minas Gerais, a Rede funciona com uma estratégia simples. Os moradores de um determinado local mantêm contato entre si e ajudam a monitorar as residências localizadas próximas a eles. De acordo com o coordenador geral civil da Rede, Eromar Alves, atualmente 48 bairros e 6.800 residências participam da iniciativa. “E a tendência é que cada vez mais locais participem.”
Segundo Eromar, depois que começou a funcionar no município, a Polícia Militar alega que o sistema de ocorrências diminuiu em bairros que possuem a Rede. “Quando o local possui a Rede, com as placas sinalizando sua presença ali, os próprios malfeitores subentendem que essa área não é uma área ideal para ser trabalhada. E nós temos o número 181 também, que possibilita as denúncias anônimas.”
INÍCIO
A Rede de Vizinhos Protegidos teve início em 2009, no bairro Planalto, de onde começou a ser expandida para os demais bairros. O coordenador explica que faz parte da Associação Comunitária para Assuntos de Segurança Pública (Acasp) há oito anos e, dentro da Associação, os membros viram uma diminuição de demandas e reclamações sobre a criminalidade em Divinópolis.
Eromar conta que um dos primeiros projetos criados por meio da Polícia Militar foi a Rede de Postos Protegidos, devido ao crescente número de assaltos em postos de gasolina. “Com o aumento dos assaltos, foi preciso à Polícia Militar, se organizar com os donos de postos e criar uma estratégia de segurança.”
BAIRROS PROTEGIDOS
Desse modo, os malfeitores deixaram de assaltar os postos de gasolina, mas começaram a ir para os bairros e assaltar mercearias, farmácias e comércio em geral. “O nosso bairro [Planalto] passou a ser um dos bairros com o maior número de assaltos. A gente tinha uma média de oito a dez assaltos por semana”, ressalta Eromar.
Diante dessa situação, os moradores do Planalto resolveram levar a demanda para a Acasp. “Marcamos uma reunião com a Associação, colocamos em pauta quais seriam as nossas necessidades. Um mês depois, nos reunimos com a Polícia Militar, que trouxe de Belo Horizonte o modelo da Rede”, explica o coordenador.
Por ter mobilizado os moradores e por fazer parte da Acasp, Eromar foi convidado pelo tenente coronel da época a fazer um curso da Rede de Vizinhos Protegidos dentro do quartel, já que viria uma equipe de Belo Horizonte para mostrar como implantar o projeto. “Depois eu também fui convidado a fazer um curso de polícia comunitária, junto aos militares. E assim surgiu a Rede de Vizinhos Protegidos”, conta Eromar.
COMO FUNCIONA
Após manifestarem o interesse de participar do projeto em determinada região, cinco reuniões são realizadas pela Polícia Militar para a sua implantação, nas quais passam para os moradores uma noção sobre o sistema de segurança pública do município. “A visão das pessoas depois que fazem esse treinamento passa a ser mais focada. As pessoas não ficam mais despercebidas, passam a ver as coisas de outra forma”, destaca o coordenador.
Com a implantação, cada grupo de seis residências passa a ter um líder, que é responsável pela organização da Rede no local. “Quando a gente começou, começamos com um quarteirão. Um líder era responsável por toda a rua. Mas o projeto inicial, que nasceu no bairro Caiçara, em Belo Horizonte, já foi definido com um grupo de seis residências. São três residências de um lado da rua e três a sua frente, que é exatamente o que te dá uma visão das seis casas”, explica Eromar.
Os moradores, juntamente com o coordenador, se encontram em reuniões organizadas periodicamente para discutir sobre os problemas do local e o que é necessário para o bairro naquele momento. A reunião pode ser de toda a rua, em conjunto com os dois líderes do local. Segundo Eromar, o ideal é que a rede funcione em todo o quarteirão, para que o vizinho possa monitorar a residência da frente e também a de trás, de modo que todos se conheçam. “Porque em uma eventualidade de um ladrão entrar pelos fundos, e se você conhece o seu vizinho do outro lado, você se sente mais seguro. O ideal é que o projeto não pulverize.”
CONVIVÊNCIA
Para Eromar, um dos principais objetivos da Rede é estreitar os laços entre os vizinhos e manter a convivência. “Onde tem a rede de vizinhos protegidos, só a sensação de segurança que a pessoa tem, de ver que passa a conhecer um maior número de pessoas e conversar com vizinhos que às vezes só conhecia pelo nome, isso já traz para a comunidade algo muito bom que é a convivência”, destaca.
Para o coordenador, essa convivência também colabora para que a comunidade se mantenha atenta. “Hoje em dia a gente tem que estar atento as coisas. Pessoa que fica parada por muito tempo em ponto de ônibus ou em um telefone público. São estratégias que às vezes os ladrões usam para se sentirem seguros. Podem ser locais que eles usam para monitorar coisas e não levantar suspeitas, por exemplo.”
COMO ADERIR
Para o coordenador, essa convivência também colabora para que a comunidade se mantenha atenta. “Hoje em dia a gente tem que estar atento as coisas. Pessoa que fica parada por muito tempo em ponto de ônibus ou em um telefone público. São estratégias que às vezes os ladrões usam para se sentirem seguros. Podem ser locais que eles usam para monitorar coisas e não levantar suspeitas, por exemplo.”
COMO ADERIR
Para participar da Rede, os moradores do bairro devem entrar em contato com a Polícia Militar. Eromar explica que existe um cadastro de pedidos na Polícia, que atende essas demandas à medida que chegam. “Na verdade o que precisa é a comunidade se interessar pelo projeto e ter uma pessoa que vai coordenar os trabalhos da Rede na região.”
PLANOS
PLANOS
De acordo com Eromar, a Rede está planejando um novo projeto entre os coordenadores dos bairros para que o projeto abranja outros aspectos, no qual além da segurança, os moradores ajam no sentido de melhorar o ambiente onde moram. “Precisamos começar um outro trabalho que vai ter que envolver o município, porque muitas das vezes é problema de poda e retirada de árvores e a questão do lixo também.”
Nesse sentido, Eromar explica que a empresa coletora de lixo em Divinópolis, Viasolo, convidou a Rede de Vizinhos Protegidos para fazerem parte de um projeto em que a empresa propõe trabalhar com a comunidade a questão da reciclagem. “Então dentro da Rede de Vizinhos Protegidos, a gente pretende implantar palestras com a Viasolo para poder dar oportunidade da empresa passar para a comunidade as suas dificuldades como prestadora de serviços públicos.”
Nesse sentido, Eromar explica que a empresa coletora de lixo em Divinópolis, Viasolo, convidou a Rede de Vizinhos Protegidos para fazerem parte de um projeto em que a empresa propõe trabalhar com a comunidade a questão da reciclagem. “Então dentro da Rede de Vizinhos Protegidos, a gente pretende implantar palestras com a Viasolo para poder dar oportunidade da empresa passar para a comunidade as suas dificuldades como prestadora de serviços públicos.”
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