Max é o farejador oficial do canil e um dos cães mais velhos do grupamento |
O labrador Max ficou conhecido na cidade por ajudar em apreensões de drogas, e o canil do 23º Batalhão da PM em Divinópolis treina outros cães para ajudarem na apreensão de drogas e policiamento. O grupamento tem nove cães e investe em outras raças para conseguir desempenho máximo dos animais, seja em farejo, captura, busca ou policiamento. Os militares mantêm o treinamento diário para evitar que os cães percam as habilidades.
A sargento Viviane Aparecida dos Santos comanda o grupamento do canil do 23º Batalhão e afirma que há três cães preparados para as funções de farejo e policiamento. Seis animais mais jovens também vêm sendo treinados para serem farejadores ou cães de policiamento e captura.O trabalho é constante. Os militares exercitam diariamente a habilidade dos cães para que estejam cada vez mais preparados.
Multifuncionais
Viviane explica que eles têm preferido treinar cães da raça pastor belga Malinois, por serem mais espertos que os pastores alemães e terem potencial olfativo semelhante ao dos labradores, usados para farejar entorpecentes. O cabo Aender Silva é adestrador no canil e conta que os Malinois aprendem em três meses o que um pastor alemão aprende em oito.
Aproveitando-se desta multifuncionalidade, os militares inseriram o treinamento de captura rural, que é a perseguição de fugitivos em mata fechada, que é um treinamento específico, e estam usando toda a habilidade desses cães para introduzi-lo no grupamento
Farejadores
O farejador do 23º Batalhão é Max, mas três filhotes são treinados para seguir seus passos. O cão tem quatro anos e vem sendo empregado há dois. Enquanto o ser humano tem 20 milhões de células olfativas, diz Aender, os labradores possuem 260 milhões, por isso é a raça é ideal para cães farejadores. O canil estima que Max tenha ajudado a apreender mais de R$ 1 milhão em drogas.Ele é muito habilidoso e possui margem de 100% de sucesso em todos os treinamentos. Ele já encontrou apenas uma pedra de crack em lugares cheio de lixo e de outros odores.
Segundo o adestrador, o treinamento de farejadores não tem envolvimento com drogas. Os militares ensinam primeiro a encontrar um brinquedo específico. Depois de ter treinado o olfato e se acostumado com aquele brinquedo, os militares borrifam substâncias que simulam o odor de drogas no objeto e continuam o treinamento.
Segundo o cabo, os cães da raça pastor belga de Malinois estão sendo treinados como farejadores por apresentarem desempenho semelhante ao dos labradores, mas serão aplicados de forma mista para captura e policiamento.
Policiamento
Outro cão que se destaca é Khiron, um pastor belga Malinois que vem sendo adestrado em policiamento. Ele é ensinado a atacar, render e escoltar suspeitos latindo e mantendo a vigia enquanto o policial faz a abordagem. Esses cães são treinados desde pequenos a ter atenção e se tornam obedientes a comandos de voz. São feitos comandos de voz diariamente para que o cão execute o que o militar quer, como imobilizar um suspeito ou mantê-lo sob escolta, evitando, por exemplo, que se precise sacar a arma. O cão faz a ameaça que se precisa.
Canil
O canil do 23º Batalhão existe desde 1999 e conta com sete militares adestradores. Há cães de três a seis meses em treino. Os cães chegam por doações de parceiros e da população e passam por seleção e treinamento exigidos para atuar no grupamento.
Os militares fazem cursos de reciclagem e possuem equipamentos específicos para treinamento, como brinquedos e roupas especiais para serem mordidas.
Fonte: www.jornalagora.com.br
Postado por Ana Paula
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